NESTE 8 DE MARÇO DE 2021 A ELAS

MULHERES de todas as idades e de todas as origens, especialmente idosas, que partiram vítimas do sistema capitalista e de governos genocidas!

 MULHERES que estão na linha de frente no combate ao coronavírus 2019!

MULHERES que, sem as mínimas condições, tentam preservar suas vidas e de suas famílias!

Nossa história vem de longe!

Sempre estivemos na luta e cumprimos papel muito importante em nossas famílias, comunidades e nas sociedades ao longo da história.

O 8 de março, definido como Dia Internacional das Mulher pela Organização das Nações Unidas – ONU é um dia de luta por reivindicações sociais, políticas e econômicas, contra a exploração e a opressão e de se resgatar, mesmo que brevemente, parte da nossa história.

No período da Revolução Industrial (final século 19) as mulheres enfrentaram a super exploração no trabalho (falta total de condições e jornadas de até 15 horas diárias) com greves, organizadas pelas mulheres dos movimentos operários dos diversos países da Europa e dos Estados Unidos; e exigiam, também, o fim do trabalho infantil.

Em 1910 o principal objetivo das mulheres era conseguir o direito ao sufrágio universal e reconhecimento das lutas femininas, debate que aconteceu na II Conferência Internacional de Mulheres Socialistas na Dinamarca.

O protesto conhecido como “Pão e Paz”, na Rússia também mostra o caráter do dia 8 de março.

No dia 8 de março de 1917 cerca de 90 mil operárias manifestaram-se contra o Czar Nicolau II, as más condições de trabalho, a fome e a participação russa na guerra.

No Brasil a luta das mulheres ganha força pela luta das sufragistas nas décadas de 20 e 30, conseguindo assegurar o direito ao voto na Constituição Federal de 1932, no governo Getúlio Vargas.

Citamos estes exemplos apenas para reafirmar o caráter de luta do dia 8 de março e do movimento das mulheres do campo e das cidade, sejam por reivindicações imediatas, como a própria sobrevivência, seja a luta histórica por uma outra sociedade, livre das amarras, da exploração e opressão.

8 de março de 2021

Neste ano de 2021 queremos dedicar às milhares de mulheres que morreram fruto vítimas do sistema capitalista e da política genocida do governo federal e seus seguidores nos estados e municípios. E a todas as mulheres que estão na linha de frente no combate ao coronavírus 2019, bem como às que tentam preservar suas vidas e de suas famílias sem quaisquer condições econômicas e sanitárias.

Fruto do sistema capitalista o mundo enfrenta a pior epidemia mundial de sua história: já atingimos 116.600.908 pessoas contaminadas no mundo com 2.589.638 óbitos.

Com a necropolítica de Bolsonaro, o Brasil se destaca entre os piores índices, que chegam a mais de 10.938.836 de pessoas contaminadas e mais de 264.000 óbitos. Os dados são muito maiores, pois o governo não tem interesse em mostrar a dura realidade que a população está enfrentando.

Os apelos de infectologistas para que seja decretado “fechamento total” no Brasil expressa a única saída para conter o total colapso dos hospitais em todo o país.

É preciso que as mulheres brasileiras coloquem como pauta prioritária o Fora Bolsonaro/Mourão e o combate ao Sistema da Dívida, para salvar vidas.

É preciso que as mulheres reforcem a luta contra as emendas constitucionais e projetos de lei que estão sendo aprovados a toque de caixa no Congresso Nacional, com um único objetivo: cassar direitos de quem trabalha, reduzir os gastos e investimentos na saúde, educação, segurança, assistência social, previdência e demais direitos para que sobre mais dinheiro para pagar a dívida pública, nunca analisada, que quanto mais se paga mais ela cresce. Ou seja, é preciso reforçar a luta contra a aprovação das Propostas de Emendas Constitucionais: PECs 32, 186, 187 e 188, dentre outras.

É preciso lutar para que o dinheiro da população que o governo tem em caixa reservado para os bancos, mais de 5 trilhões de reais (dados da Auditoria Cidadã da Dívida-ACD) sejam destinados ao pagamento de auxílio emergencial com valor digno e para todas as pessoas que necessitem, ao combate ao coronavírus, com garantia de atendimento hospitalar e vacinas para todos e todas!

É preciso, também, exigir que o governo cobre dos bancos a redução dos juros e o empréstimo a todos os pequenos e médios empresários que necessitem. Foi para isso que o governo repassou mais de 1 trilhão aos bancos em março de 2020. É inadmissível que o Banco Central, em vez de punir os bancos por não terem emprestado às empresas, ainda os remunere diariamente nas chamadas “Operações Compromissadas” – a Bolsa-Banqueiro (auditoria.org.br).

Encaminhar a campanha “É hora de Virar o Jogo” da ACD faz parte da luta contra o sistema capitalista, que alimenta todas as formas de violência contra as mulheres indígenas, negras, pobres, de todas as idades e concepções religiosas, contra a homofobia, transfobia e o feminicídio absurdo que aumentou ainda mais durante a pandemia.

No mês do nascimento da revolucionária Rosa Luxemburgo deixamos algumas de suas mensagens:

Quem é feminista e não é de esquerda, carece de estratégia.

Quem é de esquerda e não é feminista, carece de profundidade.

Não estamos perdidos. Pelo contrário, venceremos se não tivermos desaprendido a aprender.