Para o povo cubano, mais do que para qualquer outro, a palavra solidariedade tem um sentido concreto: se traduz em ações para o bem da humanidade.
Ações internas como o trabalho da Escola Latinoamericana de Medicina, situada em Havana, que já formou milhares de médicos e médicas de diversas partes do mundo, profissionais não só com um alto nível de conhecimento, desenvolvimento científico e consciência social, mas com um “alto nível altruísta, ético, humanitário e solidário”. A grande maioria jovens de famílias e comunidades pobres, vinculados aos movimentos sociais e partidos políticos em seus países, que assumem o compromisso de servirem às suas comunidades ao se formarem e de fortalecerem seus vínculos com elas.
E ações externas, como as brigadas médicas, que se fazem presentes desde a década de 60 em todas as partes do mundo, especialmente nos momentos de maior necessidade, como catástrofes e epidemias.
Neste momento em que a humanidade enfrenta uma pandemia, Cuba enviou brigadas médicas dedicadas, capacitadas, humanas e solidárias para enfrentar a Covid-19 em 23 países, a maioria países vulneráveis da África e do Caribe. Mas, enviou, também, para países ricos como a Itália.
Profissionais de saúde que, ao lado dos/das demais, têm feito a diferença! E que, certamente se espelham em médicos como o argentino Ernesto Guevara de la Serna – o Che – que nasceu em 14 de junho de 1928 e dedicou sua vida à luta pela revolução, contra as injustiças sociais. Um defensor da medicina social que em discurso aos estudantes de medicina de Cuba, afirmou “temos o direito e até o dever de ser, acima de todas as coisas, um médico revolucionário, isto é, um homem que utiliza os conhecimentos técnicos de sua profissão a serviço da Revolução e do povo”.
Neste seu aniversário ao mesmo tempo em que o homenageamos recomendamos a leitura do seu discurso em “Qual a ideia de Che Guevara sobre a relação entre a Medicina e Revolução?” em https://www.esquerdadiario.com.br/Qual-a-ideia-de-Che-Guevara-sobre-a-relacao-entre-Medicina-e-Revolucao-20097
E reforçamos que para além da admiração, respeito, reconhecimento manifestado de diversas formas pelos inúmeros países que têm contado com o apoio e solidariedade de Cuba nas últimas décadas e em especial neste terrível momento de pandemia pelo qual passa a humanidade, é fundamental reforçar a ideia lançada em 28 de abril pelas associações Cuba Linda e França-Cuba para que o Prêmio Nobel da Paz seja dedicado às Brigadas Médicas Cubanas do Contingente Henry Reeve, por sua contribuição ao confronto global à Covid-19 – uma ideia que vem ganhando apoio cada vez mais crescente em diversas partes do mundo.