A disputa pelos rumos do PSOL precisa continuar! E as prévias representam a melhor tática para o momento não só para essa disputa, mas para o fortalecimento e vitalidade do partido.
A reunião do Diretório Nacional na véspera do congresso foi descartada e o congresso ficou restrito à metade do sábado e domingo. Diferente dos congressos anteriores, não foram ocupadas todas as cadeiras disponíveis no auditório. E sentimos a falta da militância apaixonada por acompanhar o Congresso, mesmo sem ser delegado/delegada.
Composta a mesa de abertura as saudações foram feitas, mas não contou com a representação dos partidos do campo da esquerda – PCB e PSTU talvez por não terem sidos convidados.
Para garantir que os pré-candidatos filiados ao PSOL, Nildo Ouriques, Plininho, Hamilton e a pré-candidata Sônia Guajajara falassem foi preciso muita perseverança daquelas e daqueles que continuam defendendo o espaço democrático no partido. O argumento apresentado pelo então presidente foi de que não tinha acordo para a saudação das pré-candidaturas uma vez que a executiva não havia discutido tal critério.
Mas, o convite ao Guilherme Boulos estava garantido e anunciado na imprensa como um destaque no Congresso do PSOL. Em sua saudação fez a propaganda da Plataforma Vamos e da “Povo Sem Medo”, apesar de nem todas as correntes que integram o PSOL concordarem com tal política.
Na hora da votação do Regimento foi apresentado o recurso sobre a delegação do Amapá e a exigência dos militantes e dirigentes do PSOL saírem dos cargos que ocupam na prefeitura de Macapá dirigida pela REDE/DEM/PSOL. A US negou que tenha havido fraude e defendeu a permanência nos cargos desse governo.
Defesas das teses feitas, era chegada a hora da votação das resoluções. E como já era esperado, a US/RZ ganharam todas as votações, já que a delegação da segunda plenária de Macapá foi validada com os votos dos que estavam sendo questionados.
Lamentável foi a intransigência do campo majoritário, que não aceitou Marcelo Freixo como candidato de consenso para a presidência do partido, apesar dele ter disponibilizado seu nome para essa tarefa partidária.
Feitas as defesas das chapas, mais uma vez a US/RZ obtiveram o maior número dos votos (207 votos), o Bloco de Esquerda (148 votos) e Insurgência/Independentes (25 votos).
A disputa dos rumos do partido continua! Mesmo reconhecendo e legitimando as pré-candidaturas, nem mesmo as correntes do Bloco de Esquerda (exceção feita à LRP e à Esquerda Marxista) defenderam a democracia plena no partido (prévias partidárias, com votação direta na base, para definição do candidato ou candidata à presidência pelo PSOL). Essa é a única forma de garantir a plena participação da militância, e o seu poder de decisão, possibilitando uma maior visibilidade ao processo eleitoral partidário.
Para a LRP (Liberdade e Revolução Popular) esse é um importante momento para apresentação de um programa radical, que supere o lulopetismo/ptucanismo; para a defesa de reformas estruturais e combate a esse sistema capitalista, corrupto e corruptor. É o momento de se colocar para a sociedade a necessidade da Revolução Brasileira.
A LRP apoia Nildo Ouriques à Presidência da República desde o primeiro momento, por entender que ele reúne as melhores condições de fazer esse debate na sociedade; combater o capitalismo rentista, o Sistema da Dívida, as contrarreformas da previdência e trabalhista e defender a auditoria da dívida, políticas econômicas e sociais voltadas para as reais necessidades da população e interesses do nosso país e da Nossa América.