Realizada neste último final de semana, em São Paulo, reunião da Coordenação Nacional da CSP-Conlutas aprova resolução para intensificar lutas contra a Reforma da Previdência.

O governo Temer está disposto a atender aos pedidos do empresariado e aprovar a Reforma da Previdência antes de fechar o ano de 2017. Apesar das dificuldades para angariar votos favoráveis à aprovação, o governo ganhou um fôlego com o recuo da greve nacional de 5 de dezembro e está em forte toma lá dá cá com os políticos em troca de votos.

É preciso resistir e defender a aposentadoria dos trabalhadores e trabalhadoras brasileiras.  É preciso barrar essa reforma.

A CSP-Conlutas tem defendido a necessidade de uma greve geral para derrotá-la e se posicionou de maneira firme contra a cúpula da maioria das centrais ao desmarcar a greve nacional do dia 5.

Fizemos um chamado nacional a que se mantivesse o dia de luta, com mobilizações e atos na maioria das capitais e paralisações em algumas delas. A CSP-Conlutas foi parte importante da manutenção das atividades do dia.

Na última reunião das centrais, realizada nesta sexta-feira (8), a CSP-Conlutas defendeu a marcação imediata da greve geral, entendendo que é fundamental uma data para preparar a paralisação. Entretanto, a maioria das centrais defendeu que ao não ter marcada a votação da reforma, não é possível marcar a paralisação. Assim ficou aprovado que a greve será convocada imediatamente caso seja marcada data para a votação no Congresso Nacional.

A partir da decisão das centrais, nos próximos 15 dias haverá uma jornada de lutas com a palavra de ordem: “Se colocar em votação, o Brasil vai parar”. Foi aprovada a realização de plenárias estaduais que organizem mobilizações unitárias de cidades de todo o país, assembleias de trabalhadores, protestos em aeroportos, manifestações e protestos dos movimentos sociais.

Diante de tal resolução, a CSP-Conlutas convoca todas as suas entidades e movimentos a realizarem uma forte mobilização a partir desta semana para impedir a votação da Reforma da Previdência.

A CSP-Conlutas estará nas ruas, nos locais de trabalho, nas escolas, nas universidades, nas lutas dos movimentos sociais e pronta para convocar a greve geral em defesa da aposentadoria dos trabalhadores.

É preciso buscar reativar os “Comitês de luta contra as reformas da previdência e trabalhista”, de maneira ampla. Fazer o chamado aos sindicatos e às centrais em cada estado e região para construir esses espaços de unidade de ação e fortalecer desde baixo um movimento contra as reformas.

Cumprindo o seu papel de unificar os trabalhadores organizados em sindicatos e movimentos populares, estudantil e de luta contra a opressão, precisamos construir esses espaços também em parceria com tais movimentos, incorporando suas demandas e lutando de maneira conjunta.

Frente à traição das cúpulas das grandes centrais sindicais, que cancelaram a convocação da greve nacional do dia 05/12. E frente à continuidade da trégua imposta por estas centrais que na sua última reunião se recusaram a apontar a construção de um plano de luta e uma nova greve geral, a CSP-Conlutas vai denunciar em seus materiais essa traição e a trégua das centrais exigindo a construção de uma nova greve geral já, construída a partir da base, com assembleias e comitês por local de trabalho e estudo que seja capaz de barrar a reforma da previdência e revogar a reforma trabalhista.

Neste sentido, vamos propor a todos os sindicatos, independente das centrais a que são filiados, que votem também, em suas bases, a rejeição às reformas e o chamado a que as centrais convoquem a greve geral.

A Coordenação Nacional da CSP-Conlutas, reunida nos dias 08, 09 e 10 de dezembro de 2017, reafirma a necessidade de construir a greve geral contra a Reforma da Previdência, contra a implementação da reforma trabalhista, pela revogação da lei da terceirização e pelo Fora Temer e todos os corruptos do Congresso.

 

Plano de ação

Orientar as entidades e movimentos filiados a intensificar a mobilização/luta na próxima semana e na de votação da reforma da previdência, dada a sua real possibilidade para 18 de dezembro de 2017;

Orientar também que as entidades e movimentos articulem plenárias/assembleias/reuniões unitárias para aprovar a greve no dia 18.12.2017, data provável de votação da reforma da previdência;

 

Realizar um Dia Nacional de Luta, em 13 de dezembro, contra a reforma da previdência.